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Rússia suspende acordo de exportação de grãos da Ucrânia e cita ataque na Crimeia


31/10/2022 - NOTÍCIAS DA COASC

A Rússia suspendeu a participação em um acordo mediado pela ONU para exportação de produtos agrícolas nos portos ucranianos após ataques a navios na Crimeia, disse neste sábado o Ministério da Defesa, em um revés para as tentativas de aliviar a crise alimentar global.
 
O ministério disse que a Ucrânia atacou no início deste sábado a Frota do Mar Negro perto de Sebastopol, na península anexada da Crimeia, com 16 drones, e que "especialistas" da Marinha britânica ajudaram a coordenar o ataque "terrorista".
 
A suspensão do acordo impacta as exportações de grãos ucranianos via portos cruciais no Mar Negro.
 
A Rússia disse ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em uma carta, vista pela Reuters, que estava suspendendo o acordo por um "prazo indefinido", porque não poderia "garantir a segurança de navios civis" viajando sob o pacto.
 
A Rússia também pediu que o Conselho de Segurança da ONU se reúna na segunda-feira para discutir o ataque, escreveu o vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, no Twitter.
 
O Reino Unido afirmou no sábado que as alegações da Rússia, incluindo que pessoas da Marinha britânica explodiram os gasodutos Nord Stream no mês passado, são falsas e visam distrair a atenção das falhas militares russas.
 
A Rússia disse que repeliu o ataque de drones, mas que os navios visados ​​estavam envolvidos em garantir o corredor de grãos fora dos portos da Ucrânia no Mar Negro.
 
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a suspensão do acordo de exportação de grãos pela Rússia exige uma forte resposta internacional das Nações Unidas e do Grupo das 20 principais economias.
 
"Esta é uma tentativa completamente transparente da Rússia de retornar à ameaça de fome em larga escala na África, na Ásia", disse Zelenskiy em discurso em vídeo.
 
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que Moscou estava usando um falso pretexto para derrubar o acordo.
 
"Peço a todos os Estados que exijam que a Rússia pare com seus jogos vorazes e se comprometa novamente com suas obrigações", disse Kuleba.
 
O acordo mediado pela ONU permitiu embarques de grãos da Ucrânia, um dos maiores exportadores do mundo, que haviam sido interrompidos pela invasão russa.
 
A União Europeia disse em comunicado que "todas as partes devem se abster de qualquer ação unilateral que coloque em risco" o acordo que descreveu como um esforço humanitário crítico.
 
'JOGOS VORAZES'
 
Desde que a Rússia e a Ucrânia assinaram a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, mediada pela ONU, na Turquia, em 22 de julho, mais de 9 milhões de toneladas de produtos como milho, trigo, produtos de girassol, cevada e soja foram exportados.
 
Porém, a Rússia disse repetidamente que há sérios problemas com o acordo, que expira em 19 de novembro.
 
A ONU está em contato com as autoridades russas sobre a situação, disse um porta-voz da organização.
 
O chefe de ajuda da ONU, Martin Griffiths, disse na quarta-feira que estava "relativamente otimista" com uma potencial extensão do além de meados de novembro.
 
"Embora os preços nos mercados ocidentais tenham sido reduzidos, a Rússia não ganhou nada com este acordo", disse Turan Oguz, um analista turco de defesa. "Acho que a principal razão para a retirada da Rússia é a indiferença ocidental em relação à Rússia."
 
Apenas 24 horas antes da medida da Rússia, um porta-voz de Antonio Guterres apelou às partes para que renovassem o pacto.
 
"Enfatizamos a urgência de fazê-lo para contribuir para a segurança alimentar em todo o mundo e para amortecer o sofrimento que esta crise global de custo de vida está infligindo a bilhões de pessoas", disse Stephane Dujarric, porta-voz da ONU.
 
O ministro da Agricultura da Rússia, Dmitry Patrushev, afirmou que a Rússia está pronta para fornecer até 500.000 toneladas de grãos para países pobres nos próximos quatro meses gratuitamente, com assistência da Turquia.
 
"A Federação Russa está totalmente preparada para substituir os grãos ucranianos e fornecer suprimentos a preços acessíveis a todos os países interessados", disse.

Fonte: Reuters








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