Agroconsult reduz projeção para safra de milho do Brasil
19/05/2022
- NOTÍCIAS DA COASC
A segunda safra de milho 2021/22 do Brasil deve atingir 87,6 milhões de toneladas, disse a Agroconsult nesta quarta-feira, com um corte de 4,6 milhões de toneladas sobre a projeção anterior motivado pela falta de chuvas em regiões do Centro-Oeste, e não descarta novas perdas se geadas ocorrerem até o próximo mês.
"Sim, o milho ainda está em risco. Se tivermos geadas até junho, elas podem comprometer o potencial produtivo", disse à Reuters o coordenador da expedição promovida pela consultoria, Rally da Safra, André Debastiani.
Há previsão de frio intenso para os próximos dias, com a entrada de uma nova de massa de ar polar que deverá ser monitorada pelo mercado, uma vez que pode trazer geadas leves, alertou mais cedo a Rural Clima.
Até o momento, houve registros de geadas pontuais, em regiões como o Paraná, que não afetaram o cereal de segunda safra, mas o "milho paranaense ainda não está salvo", pontuou Debastiani.
Enquanto o milho não atinge fases mais próximas da colheita, os riscos permanecem para a cultura, que enfrenta maiores preocupações no Estado sulista, grande produtor que planta mais soja no verão e o cereal para colher no inverno.
Nesta semana, os técnicos do Rally voltaram a campo para avaliar lavouras de Mato Grosso e Goiás, e em junho devem seguir para Mato Grosso do Sul e Paraná.
Com base em análises de campo já realizadas, o coordenador destacou em nota que a estiagem em abril trouxe dificuldades para o desenvolvimento de áreas da "safrinha" na maior parte do Centro-Oeste.
"Observamos um comportamento climático favorável à safra no início de março, com bom volume de chuvas no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas no caso de Minas Gerais, a seca continuava. No final do mês, a irregularidade de chuvas atingiu também o Estado de Goiás. Abril chegou com pouco ou quase nada de chuva. Algumas regiões ficaram sem chuvas entre 30 e 40 dias", afirmou.
Safra total
O cenário causou a revisão nos números nacionais para a segunda safra de milho e também para a produção total, agora estimada em 113 milhões de toneladas, contra 116,1 milhões no último levantamento, divulgado em março.
Um fator que ajudou a limitar o recuo na expectativa total para o cereal foi a elevação na projeção para a colheita de verão, de 23,9 milhões para 25,4 milhões de toneladas, com ajuste na área plantada, disse a Agroconsult.
Vale destacar que, ainda que a irregularidade climática traga dificuldades aos produtores e quebras em algumas regiões, as perspectivas de produtividade são boas em comparação com a temporada passada.
A Agroconsult disse que vê recorde para o ciclo atual, citando que em 2020/21 o Brasil colheu 60,9 milhões de toneladas de milho segunda safra e a produção total foi 29,6% menor, após forte impacto de seca e geadas sobre a safrinha.
Levantamento realizado pela Reuters, divulgado na última semana, apontava a mesma tendência para o milho desta temporada: apesar da quebra na segunda safra, o país caminha para um novo recorde de produção.
"Sim, o milho ainda está em risco. Se tivermos geadas até junho, elas podem comprometer o potencial produtivo", disse à Reuters o coordenador da expedição promovida pela consultoria, Rally da Safra, André Debastiani.
Há previsão de frio intenso para os próximos dias, com a entrada de uma nova de massa de ar polar que deverá ser monitorada pelo mercado, uma vez que pode trazer geadas leves, alertou mais cedo a Rural Clima.
Até o momento, houve registros de geadas pontuais, em regiões como o Paraná, que não afetaram o cereal de segunda safra, mas o "milho paranaense ainda não está salvo", pontuou Debastiani.
Enquanto o milho não atinge fases mais próximas da colheita, os riscos permanecem para a cultura, que enfrenta maiores preocupações no Estado sulista, grande produtor que planta mais soja no verão e o cereal para colher no inverno.
Nesta semana, os técnicos do Rally voltaram a campo para avaliar lavouras de Mato Grosso e Goiás, e em junho devem seguir para Mato Grosso do Sul e Paraná.
Com base em análises de campo já realizadas, o coordenador destacou em nota que a estiagem em abril trouxe dificuldades para o desenvolvimento de áreas da "safrinha" na maior parte do Centro-Oeste.
"Observamos um comportamento climático favorável à safra no início de março, com bom volume de chuvas no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas no caso de Minas Gerais, a seca continuava. No final do mês, a irregularidade de chuvas atingiu também o Estado de Goiás. Abril chegou com pouco ou quase nada de chuva. Algumas regiões ficaram sem chuvas entre 30 e 40 dias", afirmou.
Safra total
O cenário causou a revisão nos números nacionais para a segunda safra de milho e também para a produção total, agora estimada em 113 milhões de toneladas, contra 116,1 milhões no último levantamento, divulgado em março.
Um fator que ajudou a limitar o recuo na expectativa total para o cereal foi a elevação na projeção para a colheita de verão, de 23,9 milhões para 25,4 milhões de toneladas, com ajuste na área plantada, disse a Agroconsult.
Vale destacar que, ainda que a irregularidade climática traga dificuldades aos produtores e quebras em algumas regiões, as perspectivas de produtividade são boas em comparação com a temporada passada.
A Agroconsult disse que vê recorde para o ciclo atual, citando que em 2020/21 o Brasil colheu 60,9 milhões de toneladas de milho segunda safra e a produção total foi 29,6% menor, após forte impacto de seca e geadas sobre a safrinha.
Levantamento realizado pela Reuters, divulgado na última semana, apontava a mesma tendência para o milho desta temporada: apesar da quebra na segunda safra, o país caminha para um novo recorde de produção.