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Produção de proteína animal baterá recordes neste ano


30/09/2021 - NOTÍCIAS DA COASC

O ano de 2021 está apresentando recordes aos produtores de proteína animal no Brasil. As projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para os segmentos de carne suína, de frango e ovos é de aumento na produção, consumo interno e no resultado total e um crescimento que deve permanecer em 2022.
 
Em relação à carne suína, a produção brasileira deverá alcançar até 4,7 milhões de toneladas, volume 6% superior ao registrado no mesmo período de 2020, quando 4,43 milhões de toneladas foram produzidas no País. Confirmada essa projeção, será um novo recorde de produção para a suinocultura nacional.
 
Outro recorde ficará por conta das exportações de carne de frango, que, se forem confirmadas as melhores projeções, deve totalizar 4,55 milhões de toneladas comercializadas no mercado internacional, 7,5% a mais que as 4,23 milhões de toneladas embarcadas em 2020 – seria a maior variação de exportações da avicultura nacional de um ano para outro.
 
Outra marca histórica deve ser alcançada pelos ovos brasileiros: a produção deve chegar a 54,50 bilhões de unidades no País, número 2% maior que as 53,53 bilhões do registrado em 2020, um novo recorde no setor.
 
O aumento da produção no setor supera uma forte escalada nos custos de produção, que atingiu em cheio os produtores de proteína animal durante o ano, e parece ter vindo para ficar. “Estamos sendo o veículo de um aumento que não somos a causa. O preço da carne e do ovo tem subido, e se devem basicamente à alta dos custos dos insumos, que vieram para ficar. O que vamos ver, enquanto consumidores, é uma mudança de patamar dos preços (no mercado)”, afirmou o presidente da associação, Ricardo Santin.
 
A projeção de produção de milho da ABPA para a safra 2020/2021 é 16% menor que a safra anterior, o que impacta significantemente o custo da ração animal. A importação deste cereal tão importante para a alimentação de porcos e aves, por sua vez, vai crescer até 35% neste ano.
 
Nos últimos 12 meses, o Índice de Custos de Produção (CIP) formulado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta crescimento de aumento de 44,27% nos custos de frango e 41,17% nos custos do suíno. O custo médio da saca de milho (60kg), por exemplo, que estava na casa dos R$ 80,00 em novembro de 2020, já ultrapassava os R$ 100,00 em maio deste ano. Desde janeiro de 2019 até agosto de 2021, em média, o preço do milho aumentou em 154% e a soja em 133%.
 
Exportações de carne suína crescem 21% no RS
 
O Rio Grande do Sul exportou mais de 206 mil toneladas de carne suína ente janeiro e agosto deste ano, um volume 21% maior do que o embarcado para mercados internacionais no mesmo período de 2020: 171.115 toneladas.
 
Assim, o Estado chega a representar 28% do volume do produto exportado no Brasil em 2021. Segundo maior exportador da União, está atrás de Santa Catarina, que vende mais da metade (51%) da carne de porco brasileira para o mercado externo.
 
Para 2022, a expectativa é que as exportações de carne suína cresçam 13% no Brasil em relação ao esperado para 2021, atingindo 1,25 milhões de toneladas comercializadas para fora do País. Até o final deste ano, deve-se exportar 1,15 milhões de toneladas.
Em comparação ao ano passado, a receita advinda das exportações cresce 21,3% e já atingiram US$ 1,8 milhão, ante ao 1,489 milhão vendido em 2020. Os chineses permanecem dominando como os principais importadores da carne suína brasileira. China e Hong Kong importam dois terços (66%) do total de volume exportado pelo Brasil.
 
A produção de frango no Rio Grande do Sul também teve variação positiva neste ano, mas é um crescimento um pouco mais tímido. A produção gaúcha cresceu 2% entre janeiro e agosto de 2021, com resultados que chegam às 462 mil toneladas, em relação ao mesmo período do ano passado: 452.547 mil toneladas.
 
À nível nacional, o crescimento esperado para 2022 é de 4,5%, atingido 14,7 milhões de frangos produzidos no País, ante aos 14,3 milhões que devem ser produzidos, no total, até o final do ano. O crescimento de 2021 deve ser de 3,5%, pois, no ano passado, a produção foi de 13,845 milhões de toneladas em todo o território nacional.

Fonte: Jornal do Comércio








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