Ipea estima que o PIB Agropecuário crescerá 1,7% em 2021 e 3,3% em 2022
27/08/2021
- NOTÍCIAS DA COASC
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quinta-feira (26/8), durante webinar realizado em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a nova previsão do valor adicionado do setor agropecuário para este ano e para 2022. O crescimento do PIB do setor em 2021 foi revisto de 2,6% (previsão feita em junho) para 1,7%, representando o quinto ano consecutivo de crescimento do setor, o único a não apresentar redução em 2020. O ajuste nas projeções foi motivado, principalmente, pela redução nas estimativas de produtividade e produção de culturas importantes (como a do milho), devido a impactos climáticos adversos da ocorrência de um fenômeno La Niña mais severo nesta safra, e pela piora do cenário para a produção de bovinos.
No valor adicionado da produção vegetal em 2021, os pesquisadores revisaram a alta de 2,7% para 1,7%. Ainda assim, o desempenho positivo foi sustentado pelas altas nas produções de soja (+9,8%), trigo (+36,0%) e arroz (+4,1%). Isso compensou as quedas estimadas para as demais culturas: milho (-11,3%), cana-de-açúcar (-3,2%) e café (-21,0%). O rendimento do milho em 2021, em especial, foi muito prejudicado pelo atraso na colheita da soja, que retardou o plantio da segunda safra, ficando dependente de chuvas tardias que não ocorreram.
Na produção animal, a previsão de alta foi revista de 2,5% para 1,8%, com crescimento para todos os segmentos, com exceção da produção de bovinos, com queda de 1,0%. Há expectativa de desempenho positivo na produção das demais proteínas: suínos (+7,7%), frangos (+3,9%), leite (+3,1%) e ovos (+4,5%). No caso dos suínos, o bom desempenho está relacionado com o forte crescimento das exportações para a China este ano.
Já a previsão para 2022 foi realizada com base nas primeiras informações disponibilizadas pela Conab para os segmentos da produção vegetal e previsões do Grupo de Conjuntura do Ipea para a produção animal. Os pesquisadores do Ipea estimam um crescimento de 3,3% no PIB do setor, com crescimento de 3,9% na produção vegetal e de 1,8% na produção animal. De acordo com a Conab, há expectativa de manutenção do bom desempenho da produção de soja, que deverá bater novo recorde em 2022, e de boa recuperação de culturas como milho e algodão, após a forte queda projetada para este ano. Além disso, o abate de bovinos deverá, enfim, registrar recuperação após dois anos consecutivos de queda. “Esperamos uma recuperação da oferta de bovinos no ano que vem, tendo transcorrido tempo suficiente para a recomposição do rebanho após o pico em 2019”, acrescentou Pedro Garcia, pesquisador associado do Ipea e um dos autores da nota.
Os principais riscos da projeção de crescimento divulgada pelo Ipea estão relacionados aos efeitos climáticos sobre a produção vegetal e ao atraso na retomada dos abates de bovinos. Todavia, os modelos climáticos apontam um fenômeno La Niña mais brando na segunda metade do ano, com chuvas mais regulares nas culturas de verão e temperaturas mais amenas no inverno.
O levantamento segue sendo realizado com base nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a partir de dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, da Produção de Ovos de Galinha e Leite. Nesta edição, conta com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para previsões de 2022.
No valor adicionado da produção vegetal em 2021, os pesquisadores revisaram a alta de 2,7% para 1,7%. Ainda assim, o desempenho positivo foi sustentado pelas altas nas produções de soja (+9,8%), trigo (+36,0%) e arroz (+4,1%). Isso compensou as quedas estimadas para as demais culturas: milho (-11,3%), cana-de-açúcar (-3,2%) e café (-21,0%). O rendimento do milho em 2021, em especial, foi muito prejudicado pelo atraso na colheita da soja, que retardou o plantio da segunda safra, ficando dependente de chuvas tardias que não ocorreram.
Na produção animal, a previsão de alta foi revista de 2,5% para 1,8%, com crescimento para todos os segmentos, com exceção da produção de bovinos, com queda de 1,0%. Há expectativa de desempenho positivo na produção das demais proteínas: suínos (+7,7%), frangos (+3,9%), leite (+3,1%) e ovos (+4,5%). No caso dos suínos, o bom desempenho está relacionado com o forte crescimento das exportações para a China este ano.
Já a previsão para 2022 foi realizada com base nas primeiras informações disponibilizadas pela Conab para os segmentos da produção vegetal e previsões do Grupo de Conjuntura do Ipea para a produção animal. Os pesquisadores do Ipea estimam um crescimento de 3,3% no PIB do setor, com crescimento de 3,9% na produção vegetal e de 1,8% na produção animal. De acordo com a Conab, há expectativa de manutenção do bom desempenho da produção de soja, que deverá bater novo recorde em 2022, e de boa recuperação de culturas como milho e algodão, após a forte queda projetada para este ano. Além disso, o abate de bovinos deverá, enfim, registrar recuperação após dois anos consecutivos de queda. “Esperamos uma recuperação da oferta de bovinos no ano que vem, tendo transcorrido tempo suficiente para a recomposição do rebanho após o pico em 2019”, acrescentou Pedro Garcia, pesquisador associado do Ipea e um dos autores da nota.
Os principais riscos da projeção de crescimento divulgada pelo Ipea estão relacionados aos efeitos climáticos sobre a produção vegetal e ao atraso na retomada dos abates de bovinos. Todavia, os modelos climáticos apontam um fenômeno La Niña mais brando na segunda metade do ano, com chuvas mais regulares nas culturas de verão e temperaturas mais amenas no inverno.
O levantamento segue sendo realizado com base nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a partir de dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, da Produção de Ovos de Galinha e Leite. Nesta edição, conta com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para previsões de 2022.