Rabobank vê "nova era" no mercado de carne bovina com preços altos por anos
23/08/2021
- NOTÍCIAS DA COASC
Inicialmente considerada alternativa para fazer frente à crise na produção de carne suína chinesa provocada pela Peste Suína Africana, a carne bovina conquistou os consumidores da China e deve ganhar ainda mais espaço no país nos próximos anos – o que deve conferir ainda mais pressão de alta sobre os preços da proteína, na análise do banco holandês Rabobank.
De acordo com o documento, assinado pelo analista sênior de proteína animal do banco na China, Chenjun Pan, “a expansão de grupos de consumidores de média a alta renda e a crescente exposição aos estilos de vida ocidentais impulsionaram uma tendência de premiumização nos mercados de consumo da China, o que em parte é a base da crescente aceitação da carne bovina pelos consumidores”.
“Acreditamos que o consumo de carne bovina da China está entrando em uma nova era, passando de um modo dominado por serviços de alimentação para um multicanal. Embora a carne bovina ainda não seja uma proteína animal importante para a maioria dos consumidores chineses, e é improvável que se torne em um futuro previsível, sua participação cada vez maior no consumo total de proteína animal ainda significa que uma mudança significativa está ocorrendo para players ao longo da cadeia de abastecimento dentro e fora da China”, afirma o banco.
Ainda de acordo como Rabobank, o crescimento das vendas de carne bovina em canais digitais deve ajudar a impulsionar as vendas de carne bovina in natura no país, movimento que já é verificado no processo de retomada da economia chinesa após o início da vacinação contra a Covid-19.
De acordo com dados do China Statistics Bureau citados pelo banco, a carne suína, bovina e ovina juntas representam 23,4% do total de pedidos de alimentos perecíveis online, seguidos por laticínios (19,9%) e aves/ovos (19,1%).
“O crescimento do volume da demanda por carne bovina será restringido por preços relativamente altos e restrições de oferta. Não esperamos um crescimento muito rápido em termos de volume, mas espera-se que seja estável nos próximos anos” aponta a instituição financeira ao ressaltar que, “dado o enorme tamanho do mercado [chinês], ainda haverá grandes oportunidades de crescimento para a carne bovina” e que a participação da carne bovina no consumo total aumentará de 8,5% em 2000 para 9,7% em 2025 – a maior parte dessa demanda atendida pelas importações de países da América do Sul.
“Os preços no mercado internacional enfrentarão pressão de alta o que também aumentará a pressão sobre os países exportadores para abastecer um mercado dinâmico. Isso pode envolver uma mudança nos sistemas de produção em alguns países exportadores, particularmente nos países da América do Sul, para atender à crescente demanda dos mercados de médio e alto padrão na China e para desenvolver cadeias de abastecimento específicas para os mercados da China. No entanto, o aumento da dependência da demanda chinesa também significará maiores riscos operacionais e de mercado para os exportadores”, completa a instituição financeira.
De acordo com o documento, assinado pelo analista sênior de proteína animal do banco na China, Chenjun Pan, “a expansão de grupos de consumidores de média a alta renda e a crescente exposição aos estilos de vida ocidentais impulsionaram uma tendência de premiumização nos mercados de consumo da China, o que em parte é a base da crescente aceitação da carne bovina pelos consumidores”.
“Acreditamos que o consumo de carne bovina da China está entrando em uma nova era, passando de um modo dominado por serviços de alimentação para um multicanal. Embora a carne bovina ainda não seja uma proteína animal importante para a maioria dos consumidores chineses, e é improvável que se torne em um futuro previsível, sua participação cada vez maior no consumo total de proteína animal ainda significa que uma mudança significativa está ocorrendo para players ao longo da cadeia de abastecimento dentro e fora da China”, afirma o banco.
Ainda de acordo como Rabobank, o crescimento das vendas de carne bovina em canais digitais deve ajudar a impulsionar as vendas de carne bovina in natura no país, movimento que já é verificado no processo de retomada da economia chinesa após o início da vacinação contra a Covid-19.
De acordo com dados do China Statistics Bureau citados pelo banco, a carne suína, bovina e ovina juntas representam 23,4% do total de pedidos de alimentos perecíveis online, seguidos por laticínios (19,9%) e aves/ovos (19,1%).
“O crescimento do volume da demanda por carne bovina será restringido por preços relativamente altos e restrições de oferta. Não esperamos um crescimento muito rápido em termos de volume, mas espera-se que seja estável nos próximos anos” aponta a instituição financeira ao ressaltar que, “dado o enorme tamanho do mercado [chinês], ainda haverá grandes oportunidades de crescimento para a carne bovina” e que a participação da carne bovina no consumo total aumentará de 8,5% em 2000 para 9,7% em 2025 – a maior parte dessa demanda atendida pelas importações de países da América do Sul.
“Os preços no mercado internacional enfrentarão pressão de alta o que também aumentará a pressão sobre os países exportadores para abastecer um mercado dinâmico. Isso pode envolver uma mudança nos sistemas de produção em alguns países exportadores, particularmente nos países da América do Sul, para atender à crescente demanda dos mercados de médio e alto padrão na China e para desenvolver cadeias de abastecimento específicas para os mercados da China. No entanto, o aumento da dependência da demanda chinesa também significará maiores riscos operacionais e de mercado para os exportadores”, completa a instituição financeira.